Reza a lenda que a “Deusa da misericórdia” da mitologia chinesa estava para entrar no paraíso celeste, mas parou a meio do caminho ao ouvir os gritos dos sofredores. Kuan Yin, é considerada a mãe do budismo, e o seu nome significa “aquela que ouve os lamentos do mundo”.
Considerada por muitos o símbolo máximo da pureza espiritual, ela andou pelo mundo e, depois de ver muito sofrimento, jurou proteger e amparar todos os humanos até que todas suas dores fossem curadas.
Kuan Yin, que também é conhecida pelos nomes de Guan Yin ou Guanyn, é considerada a deusa da gentileza, compaixão, misericórdia e amor, e em muitos locais é comparada à figura de uma mãe. A devoção surgiu no século I, e é possível encontrar pessoas que a reverenciam em países como a China, Coreia, Japão, Tibete, Tailândia e Vietname.
No budismo, o título dela é bodisatva, ou seja, alguém que conseguiu alcançar a iluminação e poderia livrar-se do sofrimento humano, mas optou por não ir para o Nirvana, para se dedicar a ajudar as pessoas deste mundo.
Bodisatva da compaixão
De acordo com o budismo chinês, Kuan Yin é a “Bodisatva” (ser iluminado) da compaixão. A estátua da deusa fica no templo Puji, na paradisíaca ilha de Putuoshan, na China.
Do centro da flor de lótus, ela inspira-nos a oferecer o melhor de nós, em quaisquer circunstâncias. Mesmo nascida no lodo, a flor de lótus emana o seu perfume e irradia a sua beleza, simbolizando a transmutação das sombras em pura luz.
Mantras
Entoar o mantra “Namo Kuan Shih Yin Pusa”, que significa “Eu chamo pela bodhisattva Kuan Yin, aquela que vê e ouve o sofrimento do mundo” é uma maneira de sentir a poderosa e doce energia desta mãe amorosa e compassiva. A quem deseja manifestar sonhos e transmutar sentimentos, a sugestão é entoar 108 vezes o mantra.
Há outro mantra com o qual podemos sintonizar a poderosa energia de Kuan Yin: “Om Mani Padme Hum”. Este mantra é conhecido como o mantra da grande compaixão. Significa: ‘Oh, jóia do lótus’ ou ‘da lama nasce a flor de lótus’.