Permanecer sentado muito tempo prejudica a nossa memória

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O valor do trabalho é realmente inestimável, e ponte para a nossa ascensão. Quando imbuído da energia do amor, fortalece o espírito ao mesmo tempo que promove uma boa saúde mental.
Agora, também a ciência, uma vez mais alerta para as consequências negativas de uma vida sedentária.

Segundo uma investigação da Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, passar muito tempo sentado pode provocar alterações numa parte do cérebro que é importante para a formação de novas memórias. O estudo é recente e conclui que passar demasiado tempo sentado pode levar à perda de massa em regiões do cérebro relacionadas com a memória.

Os investigadores “centraram-se em determinar qual a relação existente entre os níveis de atividade física e o tamanho do lobo médio temporal, uma região encefálica que fica localizada na parte lateral do cérebro e é responsável pela gestão da memória. Às 35 pessoas envolvidas neste estudo, com idades compreendidas entre os 45 e os 75 anos, os cientistas perguntaram quantas horas semanais dedicavam à prática de exercício físico e, pelo contrário, quantas horas por semana ficavam sentados no sofá, por exemplo“.

No final, através de imagens obtidas por ressonância magnética,  foi medida a grossura do lobo médio temporal de cada um dos participantes e determinadas as correlações entre essas variáveis. Para os responsáveis da investigação, ficou muito claro que permanecer sentado durante períodos de tempo prolongados está relacionado com a perda de massa no lobo médio temporal.

O estudo, que foi publicado este mês de Abril na PLOS One, lembra que é vital reduzir os hábitos sedentários que desenvolvemos, para melhorar a saúde do cérebro e reduzir o risco de Alzheimer, entre outras enfermidades.

 

A verdade é que a energia e a vontade de ter uma vida ativa, (mesmo que obrigue a longas horas em frente ao computador, ou sentado num automóvel), reside no entusiasmo que temos pela vida, e de como enfrentamos o desanimo. Em como encaramos as nossas relações com os outros e a vida em geral, e com que cores vestimos a nós e aos outros…

Para os tempos mais difíceis, ou simplesmente em jeito de reflexão, aqui fica um poema de Emmanuel e também um excerto de Allan Kardec.

 

 

 

Vencerás (Emmanuel)

Não desanimes.
Persiste mais um tanto.
Não cultives pessimismo.
Centraliza-te no bem a fazer.
Esquece as sugestões do medo destrutivo.
Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros.

Avança, ainda que seja por entre lágrimas.
Trabalha constantemente.
Edifica sempre.
Não consintas que o gelo do desencanto te entorpeça o coração.
Não te impressiones à dificuldade.
Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia-a-dia.

Não desistas da paciência.
Não creias em realização sem esforço.
Silêncio para a injúria.
Olvido para o mal.
Perdão às ofensas.
Recorda que os agressores são doentes.
Não permitas que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança.
Não menosprezes o dever que a consciência te impõe.
Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo.

Não contes vantagens nem fracassos.
Estuda buscando aprender.
Não te voltes contra ninguém.
Não dramatizes provações ou problemas.
Conserva o hábito da oração para que se te faça luz na vida íntima.

Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou.
Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar.
Age auxiliando.
Serve sem apego.
E assim vencerás.

 

 

Livro dos Espíritos, de Allan Kardec

I – Necessidade do Trabalho

  1. A necessidade do trabalho é uma lei da Natureza?

— O trabalho é uma lei da Natureza, e por isso mesmo é uma necessidade. A civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque aumenta as suas necessidades e os seus prazeres.

  1. Só devemos entender por trabalho as ocupações materiais?

— Não; o Espírito também trabalha, como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho.

  1.  Por que o trabalho é imposto ao homem?

— É uma conseqüência da sua natureza corpórea. E uma expiação e aomesmo tempo um meio de aperfeiçoar a sua inteligência. Sem o trabalho ohomem permaneceria na infância intelectual; eis porque ele deve a suaalimentação, a sua segurança e o seu bem-estar ao seu trabalho e à suaatividade. Ao que é de físico franzino. Deus concebeu a inteligência para ocompensar; mas há sempre trabalho.

  1. Por que a Natureza provê, por si mesma, a todas as necessidades  dos animais?

— Tudo trabalha na Natureza. Os animais trabalham, como tu, mas o seu trabalho, como a sua inteligência, é limitado aos cuidados daconservação. Eis porque, entre eles, o trabalho não conduz ao progresso,enquanto entre os homens tem um duplo objetivo: a conservação do corpo e o desenvolvimento do pensamento, que é também uma necessidade e que o eleva acima de si mesmo. Quando digo que o trabalho dos animais é limitado aos cuidados de sua conservação, refiro-me ao fim a que eles se propõem, trabalhando. Mas, enquanto, sem o saberem, eles se entregam inteiramente a prover as suas necessidades materiais, são os agentes que colaboram nos desígnios do Criador. Seu trabalho não concorre menos para o objetivo final da Natureza, embora, muitas vezes, não possais ver o seu resultado imediato.

  1. Nos mundos mais aperfeiçoados, o homem é submetido à mesma necessidade de trabalho?

—A natureza do trabalho é relativa à natureza das necessidades; quantomenos necessidades materiais, menos material é o trabalho. Mas não julgueis, por isso, que o homem permanece inativo e inútil; a ociosidade seria um suplício, em vez de ser um benefício.

     679.0 homem que possui bens suficientes para assegurar sua subsistência está liberto da lei do trabalho?

— Do trabalho material, talvez, mas não da obrigação de se tornar útil na proporção de seus meios, de aperfeiçoar a sua inteligência ou a dos outros, o que é também um trabalho. Se o homem a quem Deus concedeu bens suficientes para assegurar sua subsistência não está obrigado a comer o pão com o suor da fronte, a obrigação de ser útil a seus semelhantes é tanto maior para ele, quanto a parte que lhe coube por adiantamento lhe der maior lazer para fazer o bem.

  1.  Não há homens que estão impossibilitados de trabalhar, seja no que for, e cuja existência é inútil?

— Deus é justo e só condena aquele cuja existência for voluntariamente inútil, porque esse vive na dependência do trabalho alheio.  Ele quer que cada um se torne útil na proporção de suas faculdades. (Ver item 643.)

  1.  A lei da Natureza impõe aos filhos a obrigação de trabalhar para os pais?

— Certamente, como os pais devem trabalhar para os filhos. Eis porque Deus fez do amor filial e do amor paterno um sentimento natural, afim de que, por essa afeição recíproca, os membros de uma mesma família sejam levados a se auxiliarem mutuamente. É o que, com muita freqüência, não se reconhece em vossa atual sociedade. (Ver item 205.)

 

 

Fontes:
zap.aeiou.pt; livrodosespiritos.wordpress.com