O que é o Umbral?

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Neste artigo vamos aprofundar o conceito de Umbral, enquanto realidade espiritual manifestada e alimentada por um consciente coletivo, e ao qual os seres humanos dificilmente escapam. No entanto, esta não uma realidade definitiva, mas meramente transitória, dependendo de cada um o tempo e a forma como se passa por lá, e é possível evitar esta experiência, dependendo do nível vibracional médio de uma pessoa no momento do desencarne.

O espírito André Luiz, através das obras psicografadas por Chico Xavier, descreve o Umbral como uma região de transição e um espaço de purga e de aprendizagem para os espíritos desencarnados, que ainda carregam apegos materiais, culpas, medos ou comportamentos egoístas.

Os pontos que apresentamos abaixo são um resumo dos seus relatos, e fruto da aprendizagem que ele adquiriu por experiência própria na sua passagem pelo Umbral e pela aprendizagem que adquiriu após a sua elevação, na colónia espiritual Nosso Lar.

Características do Umbral

  • Ambiente pesado e denso: O Umbral é descrito como uma região de vibrações densas, marcada por escuridão, frio, sofrimento e a presença de energias negativas.
  • Natureza simbólica e real: É tanto um reflexo dos estados mentais dos espíritos que ali se encontram quanto uma região real no plano espiritual.
  • Diversidade de espíritos: Ali convivem espíritos em sofrimento, obsidiados ou que cultivaram vícios e paixões materiais durante a vida.

Causa da Permanência no Umbral

  • Falta de elevação moral: Espíritos que falharam em superar os próprios defeitos, como orgulho, egoísmo ou ressentimento, acabam no Umbral após o desencarne.
  • Autopunição e aprendizado: Muitos espíritos permanecem no Umbral por não aceitarem a ajuda espiritual ou por estarem mergulhados em sentimentos de culpa e arrependimento.

Função do Umbral

  • Purgatório educativo: Não é um local de punição divina, mas uma oportunidade de reflexão e aprendizado. Os espíritos passam por essa etapa para se prepararem para uma evolução maior.
  • Possibilidade de resgate: André Luiz descreve espíritos iluminados e trabalhadores do bem que entram no Umbral para resgatar almas prontas para aceitar ajuda.

Experiência de André Luiz no Umbral

  • Sentimento de desamparo: André Luiz narra o seu período no Umbral como um momento de grande sofrimento, resultado das ações e atitudes que teve durante sua vida na Terra.
  • Arrependimento e socorro: Após um período de intenso sofrimento, ele clama por ajuda e é resgatado por trabalhadores de luz que o conduzem ao plano espiritual superior.

Lições Aprendidas

  • Lei de Causa e Efeito: O Umbral ilustra como as nossas escolhas na Terra moldam a nossa experiência no plano espiritual.
  • Necessidade de elevação espiritual: André Luiz enfatiza a importância de se trabalhar em valores como o amor, o perdão e o desapego material enquanto estamos encarnados.
  • Esperança e transformação: Ninguém está condenado ao sofrimento eterno. Todos têm a oportunidade de superar o Umbral e alcançar estados mais elevados.

De acordo com os relatos de André Luiz nas obras psicografadas por Chico Xavier, os atos e estados vibracionais que levam uma pessoa desencarnada ao Umbral estão relacionados com a sintonia energética – a vibração – criada pelas suas escolhas, atitudes e emoções durante a vida na terra. O Umbral não é uma punição divina, mas uma consequência natural da Lei de Causa e Efeito. Abaixo estão os principais fatores que influenciam este destino:

Desalinhamento Moral e Espiritual

  • Egoísmo: Colocar os próprios interesses acima dos outros, sem empatia ou solidariedade.
  • Orgulho e vaidade: A crença na superioridade pessoal que impede o arrependimento, a humildade e a conexão com o próximo.
  • Materialismo excessivo: Apego extremo aos bens e prazeres terrenos, negligenciando valores espirituais e os sentimentos de amor..

Atitudes Negativas

  • Comportamentos destrutivos: Ações que ferem os outros ou promovem sofrimento, como ofensas, agressões, manipulação e outros tipos de maldades.
  • Falta de responsabilidade: Negligência em cumprir deveres familiares ou sociais, prejudicando a harmonia coletiva.
  • Vícios e dependências: Uso abusivo de substâncias ou práticas que mantém a pessoa aprisionada ou alienada da realidade.

Estados Emocionais e Mentais Negativos

  • Ressentimento e mágoa: Cultivar sentimentos de rancor e incapacidade de perdoar.
  • Culpa excessiva: A falta de autoaceitação e de esforço para reparar erros, prende o espírito a vibrações inferiores.
  • Medo e insegurança: Apegos emocionais ou resistência perante a transição natural da vida para o plano espiritual.

Falta de Trabalho Interior

  • Desconexão espiritual: Negligência em cultivar a espiritualidade, seja através da prática ou da busca pelo autoconhecimento.
  • Estagnação moral e de atitudes: Resistência em evoluir e superar velhos padrões de pensamento e comportamento.
  • Negação de responsabilidades: Transferir a culpa pelos próprios erros para os outros ou para as circunstâncias da vida.

Ausência de Amor e Caridade

  • Falta de empatia: Indiferença ao sofrimento alheio e falta de esforço para promover o bem-estar coletivo.
  • Agressividade emocional: Ações e palavras que magoam e criam vibrações densas no ambiente.
  • Desamor consigo mesmo: Desrespeitar a própria vida, seja por meio de negligência ou autodestruição.

Como as Leis Universais Atuam

As Leis Universais, especialmente a Lei de Causa e Efeito, operam como princípios naturais que ajustam as vibrações do espírito às realidades compatíveis com o seu estado.

  • Lei do Progresso: O Umbral, embora doloroso, não é uma sentença definitiva, mas tal como a vida na Terra, é uma etapa transitória e educativa que permite a redenção, a aprendizagem e a evolução, obrigando o espírito a lidar e a reconhecer as suas falhas, procurar arrependimento e perdão e assim sintonizar-se com vibrações mais elevadas que lhe vão permitir avançar no caminho.
  • Lei de Sintonia (ou merecimento): Após o desencarne, o espírito é atraído para ambientes que refletem a sua vibração predominante nesse momento e naturalmente as vibrações mais densas encaminham-no para o Umbral. À medida que o espírito se arrepende, aceita ajuda ou procura elevar a sua vibração, ele começa a romper os laços com essa dimensão e permite que trabalhadores espirituais que frequentemente atuam nessas zonas, ofereçam auxílio e orientem o espírito para dimensões mais elevadas.
  • Praticar o amor e a caridade: Cultivar empatia, ajudar os outros e agir com generosidade.
  • Autoconhecimento e reforma íntima: Refletir sobre os próprios erros e fazer esforços contínuos para melhorar.
  • Perdão e desapego: Liberar mágoas, ressentimentos e desapegar-se de bens e prazeres materiais.
  • Conexão espiritual: Manter práticas que elevem a vibração, como a oração, a meditação e a vivência de valores espirituais.

Apesar de pensarmos no Umbral como um local físico, é fundamental perceber que ele não é uma realidade física semelhante à da vida terrena, com coordenadas espaciais e uma localização específica. O Umbral é na realidade uma dimensão espiritual plasmada, uma construção energética que emerge da frequência vibratória das consciências que o habitam e para a qual os desencarnados com sintonia semelhante são naturalmente atraídos.

Porque é que o Umbral parece um lugar?

O plano espiritual ou plano astral molda-se às perceções mentais, conscientes e inconscientes dos espíritos, de forma ainda mais rápida e versátil, do que acontece na vida terrena, onde também são geradas as chamadas “Formas-Pensamento”, com diferentes níveis de energia e densidade, mas que são invisíveis.

No plano astral, o mundo em volta aparece como se estivéssemos a pintar um quadro ou a construir uma casa, mas de forma instantânea e sem termos a noção que estamos a realizar a pintura ou a edificar a obra e sem a percepção que essa construção deriva do estado vibracional interno. Assemelha-se um pouco aos sonhos, que são gerados pelo nossa realidade interna.

Como a realidade interna de quem habita o Umbral é confusa, pouco iluminada, pouco lúcida e desorganizada, paisagens como pântanos, cavernas ou cidades sombrias são comuns. Também são habituais os ambientes nublosos, difusos, sem pontos de referência, com muitos obstáculos e muita desorganização, ruído e estímulos desconexos, tal como acontece simbolicamente – e na prática – com uma mente perturbada ou perdida.

A escuridão é também típica no Umbral, em especial nas regiões mais densas e inferiores, e é daí que aparece o termo Umbral que se relaciona com o conceito “umbra” que significa sombra provocada por objetos espaciais, ou escuridão, no contexto da Astronomia.

Os diferentes níveis do Umbral

Como em tudo na vida, existem diferentes níveis, e no Umbral também assim acontece. Quanto mais confusos, perdidos ou imersos no medo e no mal forem os espíritos desencarnados, mais escura e densa será a zona do Umbral onde vão deambular. Por isso, algumas zonas do Umbral são mesmo consideradas de «Trevas» (falamos mais sobre isto a seguir).

Espíritos que estejam menos perdidos, que tenham um nível vibratório com mais luz interna, lucidez e organização, naturalmente, vão criar ambientes e paisagens astrais menos densas e menos penosas e um pouco mais luminosas.

No 12º capítulo do Curso de Viagem Astral, dedicado às dimensões astrais, Saulo Calderon fala em 3 níveis de Umbral, com níveis de vibração diferentes e paisagens e densidades também distintas. Ele refere que no 3.º nível, o mais subtil e elevado do Umbral, existem milhares de colónias e mesmo cidades desequilibradas em “terrenos” próximos a muitos outras colónias de acolhimento e apoio, pelos trabalhadores que já se encontram num processo evolutivo mais avançado e que prestam auxílio aos restantes, ou mesmo próximos a cidades altamente equilibradas e organizadas, como a cidade Nosso Lar, que para além dos seus hospitais, contém as zonas de conexão espiritual superior.

Simbolicamente, pode-se dizer que as cidades astrais de acolhimento, onde impera a paz e a harmonia representam a fronteira entre o Umbral e os planos superiores.

Já o professor Laércio Fonseca, quando fala dos diferentes níveis de consciência dos espíritos, refere 2 níveis de expiação: o Umbral e o Penumbral, onde o Umbral é a zona mais trevosa e o Penumbral a zona menos densa e mais próxima ao plano da Luz.

No livro «Umbral – Projeções Mentais, Testemunhos e Resgate Espiritual», canalizado pelo espírito Cairbar Schutel, são referidas 4 zonas principais e distintas do Umbral:

  • Umbral nebuloso
  • Umbral denso
  • Umbral pedregoso
  • Umbral cavernoso

Se não considerarmos as diferenças energéticas e atómicas entre a dimensão física e a dimensão astral, podemos também considerar a perspetiva de que a vida física, a vida na Terra, também faz parte do Umbral, no sentido em que é uma realidade onde no dia-a-dia experienciamos dificuldades em múltiplos aspetos, de acordo com a nossa condição, mas onde também temos a possibilidade de aprender, evoluir e através da vontade de mudança, livrarmo-nos do medo, da dor e das circunstâncias mais difíceis e dolorosas, tanto as internas como as externas.

O conceito do Umbral como uma realidade espiritual não aparece explicitamente nas obras de Allan Kardec. Nas suas obras fundamentais como «O Livro dos Espíritos», «O Céu e o Inferno» e a «Génese», ele descreve que:

  • Após a morte, o espírito é atraído para regiões compatíveis com o seu grau de adiantamento moral.
  • Espíritos inferiores ou que permanecem apegados a questões terrenas podem ficar em zonas de sofrimento, mas essas zonas não são eternas nem punitivas. Elas servem como espaços de aprendizagem e purificação.
  • Ele fala sobre as diferentes “categorias de mundos” e “zonas de erraticidade” (os planos em que os espíritos aguardam novas encarnações), mas não apresenta uma descrição detalhada dessas regiões.

Kardec sugere que o sofrimento no além é reflexo das ações, emoções e pensamentos do espírito durante a vida e que regiões sombrias ou densas são criações mentais coletivas dos próprios espíritos, baseadas no seu nível de moralidade e afinidade.

A primeira utilização do termo «Umbral»

Com base nas informações que temos disponíveis, não há evidências de que o termo “Umbral” tenha sido utilizado no contexto espiritualista antes do livro «Nosso Lar». Assim, assumimos que o termo “Umbral” foi introduzido pela primeira vez na obra Nosso Lar, psicografada por Chico Xavier a partir do espírito André Luiz, publicada em 1944.
A literatura de André Luiz aprofundou e detalhou este conceito, oferecendo um contexto mais dramático e visual do que Kardec, que abordou este conhecimento de forma mais genérica.

Transcrevemos abaixo o trecho do livro «Nosso Lar» (versão brasileira) que fala especificamente sobre o Umbral:

Que seria o Umbral? Conhecia, apenas, a idéia do inferno e do purgatório, através dos sermões ouvidos nas cerimônias católico-romanas a que assistira, obedecendo a preceitos protocolares. Desse Umbral, porém, nunca tivera notícias.

Ao primeiro encontro com o generoso visitador, minhas perguntas não se fizeram esperar. Lísias ouviu-me, atencioso, e replicou:
– Ora, ora, pois você andou detido por lá tanto tempo e não conhece a região?

Recordei os sofrimentos passados, experimentando arrepios de horror.

– O Umbral – continuou ele, solícito – começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos. Quando o espírito reencarna, promete cumprir o programa de serviços do Pai; entretanto, ao recapitular experiências no planeta, é muito difícil fazê-lo, para só procurar o que lhe satisfaça ao egoísmo. Assim é que mantidos são o mesmo ódio aos adversários e a mesma paixão pelos amigos. Mas, nem o ódio é justiça, nem a paixão é amor. Tudo o que excede, sem aproveitamento, prejudica a economia da vida. Pois bem: todas as multidões de desequilibrados permanecem nas regiões nevoentas, que se seguem aos fluidos carnais. O dever cumprido é uma porta que atravessamos no Infinito, rumo ao continente sagrado da união com o Senhor. É natural, portanto, que o homem esquivo à obrigação justa, tenha essa bênção indefinidamente adiada.

Notando-me a dificuldade para apreender todo o conteúdo do ensinamento, com vistas à minha quase total ignorância dos princípios espirituais, Lísias procurou tornar a lição mais clara:

– Imagine que cada um de nós, renascendo no planeta, somos portadores de um fato sujo, para lavar no tanque da vida humana. Essa roupa imunda é o corpo causal, tecido por nossas mãos, nas experiências anteriores. Compartilhando, de novo, as bênçãos da oportunidade terrestre, esquecemos, porém, o objetivo essencial, e, ao invés de nos purificarmos pelo esforço da lavagem, manchamo-nos ainda mais, contraindo novos laços e encarcerando-nos a nós mesmos em verdadeira escravidão. Ora, se ao voltarmos ao mundo procurávamos um meio de fugir à sujidade, pelo desacordo de nossa situação com o meio elevado, como regressar a esse mesmo ambiente luminoso, em piores condições? O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena.

A imagem não podia ser mais clara, mais convincente. Não havia como disfarçar minha justa admiração. Compreendendo o efeito benéfico que me traziam aqueles esclarecimentos, Lísias continuou:

– O Umbral é região de profundo interesse para quem esteja na Terra. Concentra-se, aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior. E note você que a Providência Divina agiu sabiamente, permitindo se criasse tal departamento em torno do planeta. Há legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem conduzidas a planos de elevação. Representam fileiras de habitantes do Umbral, companheiros imediatos dos homens encarnados, separados deles apenas por leis vibratórias. Não é de estranhar, portanto, que semelhantes lugares se caracterizem por grandes perturbações. Lá vivem, agrupam-se, os revoltados de toda espécie.
Formam, igualmente, núcleos invisíveis de notável poder, pela concentração das tendências e desejos gerais. Muita gente da Terra não recorda que se desespera quando o carteiro não vem, quando o comboio não aparece? Pois o Umbral está repleto de desesperados. Por não encontrarem o Senhor à disposição dos seus caprichos, após a morte do corpo físico, e, sentindo que a coroa da vida eterna é a glória intransferível dos que trabalham com o Pai, essas criaturas se revelam e demoram em mesquinhas edificações. “Nosso Lar” tem uma sociedade espiritual, mas esses núcleos possuem infelizes, malfeitores e vagabundos de várias categorias. É zona de verdugos e vítimas, de exploradores e explorados.

Valendo-me da pausa, que se fizera espontânea, exclamei, impressionado:
– Como explicar? Então não há por lá defesa, organização?

Sorriu o interlocutor, esclarecendo:
– Organização é atributo dos espíritos organizados. Que quer você? A zona inferior a que nos referimos é qual a casa onde não há pão: todos gritam e ninguém tem razão. O viajante distraído perde o comboio, o agricultor que não semeou não pode colher. Uma certeza, porém, posso dar-lhe: – não obstante as sombras e angústias do Umbral, nunca faltou lá a proteção divina. Cada espírito lá permanece o tempo que se faça necessário. Para isso, meu amigo, permitiu o Senhor se erigissem muitas colônias como esta, consagradas ao trabalho e ao socorro espiritual.

– Creio, então – observei -, que essa esfera se mistura quase com a esfera dos homens.

– Sim – confirmou o dedicado amigo -, e é nessa zona que se estendem os fios invisíveis que ligam as mentes humanas entre si. O plano está repleto de desencarnados e de formas-pensamento dos encarnados, porque, em verdade, todo espírito, esteja onde estiver, é um núcleo irradiante de forças que criam, transformam ou destroem, exteriorizadas em vibrações que a ciência terrestre presentemente não pode compreender. Quem pensa, está fazendo alguma coisa alhures. E é pelo pensamento que os homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com as tendências de cada um. Toda alma é um ímã poderoso. Há uma extensa humanidade invisível, que se segue à humanidade visível. As missões mais laboriosas do Ministério do Auxílio são constituídas por abnegados servidores, no Umbral, porque se a tarefa dos bombeiros nas grandes cidades terrenas é difícil, pelas labaredas e ondas
de fumo que os defrontam, os missionários do Umbral encontram fluidos pesadíssimos emitidos, sem cessar, por milhares de mentes desequilibradas, na prática do mal, ou terrivelmente flageladas nos sofrimentos retificadores. É necessário muita coragem e muita renúncia para ajudar a quem nada compreende do auxílio que se lhe oferece.

O conceito de regiões espirituais densas ou infernais não é exclusivo do Espiritismo e provavelmente foi influenciado por ideias anteriores, com destaque para o conceito de Purgatório, da teologia cristã. Umbral e Purgatório têm muitas semelhanças, mas também algumas diferenças significativas. Ambas as ideias abordam realidades espirituais transitórias e estados de purificação, mas as suas origens, interpretações e propósitos variam, como descrevemos de seguida:

Origem e Definição

  • Introduzido pela obra Nosso Lar, psicografada por Chico Xavier, com base nos relatos do espírito André Luiz.
  • Representa uma região de transição no plano espiritual, destinada a espíritos em desequilíbrio moral, emocional ou vibracional.
  • Não é uma punição divina, mas uma consequência natural das escolhas e vibrações do espírito durante a vida terrena.
  • Um conceito da teologia cristã, especialmente no Catolicismo, divulgado em diferentes formas e abordagens como por exemplo «A Divina Comédia» de Dante e que veio a ser formalizado pelo Concílio de Trento (1545-1563).
  • Refere-se a um estado intermediário onde as almas dos fiéis que morreram em estado de graça, mas ainda com pecados veniais (perdoáveis) ou faltas expiáveis, passam por uma purificação antes de entrar no Céu.
  • Interpretado como uma expressão da misericórdia divina, permitindo a purificação para alcançar a salvação.

Objetivo

  • Servir como espaço de reflexão, aprendizagem e arrependimento para espíritos que ainda carregam mágoas, vícios ou egoísmo.
  • Proporcionar uma oportunidade de evolução espiritual, preparando o espírito para ascender a planos superiores.
  • Purificar a alma de pecados não mortais e das consequências espirituais do mal cometido, para que se torne digna da presença divina.
  • Não é um local de evolução contínua, mas um estado temporário de preparação para o Céu.

Natureza e Funcionamento

  • É descrito como uma região vibracional densa, marcada por sofrimento psicológico e energético, criado pela sintonia espiritual dos que o habitam.
  • Os espíritos permanecem no Umbral pelo tempo necessário para despertar, pedir ajuda ou modificar suas vibrações.
  • Há liberdade de escolha: quando o espírito aceita auxílio ou eleva sua vibração, pode sair desse estado.
  • É mais frequentemente descrito como um estado de purificação espiritual do que um local físico.
  • A purificação é realizada por meio de um processo imposto por Deus e a alma não tem controle direto sobre o tempo ou o processo de saída do Purgatório.
  • Não há escolha: a alma purga até estar preparada para o Céu.

Semelhanças

  • Transitoriedade: Ambos são estados ou regiões temporárias, e não destinos finais.
  • Finalidade purificadora: Em ambos, o sofrimento tem como objetivo limpar ou alinhar a alma/espírito, permitindo um avanço espiritual.
  • Consequência de ações: Tanto o Umbral quanto o Purgatório são resultados diretos das atitudes, pensamentos e escolhas durante a vida terrena.
  • Misericórdia divina: Ambos refletem uma visão de justiça misericordiosa, em que as almas têm uma segunda chance para corrigir suas falhas antes de alcançar um estado superior.
UmbralPurgatório
OrigemEspiritismo, através de André Luiz (Nosso Lar)Catolicismo, baseado em tradições bíblicas e concílios
Controle do espíritoO espírito pode refletir, mudar e aceitar ajuda para sair do Umbral.A alma não tem controle sobre o processo no Purgatório.
Tipo de AlmasEspíritos em desequilíbrio moral, sem distinção de crença religiosa.Almas salvas, mas ainda imperfeitas, dentro do contexto cristão.
Natureza do sofrimentoConsequência das vibrações e emoções do próprio espírito.Purificação imposta por Deus para remover manchas espirituais.
Destino finalPode ascender a planos superiores ou reencarnar.Sempre conduz ao Céu após a purificação.

Budismo

O Budismo apresenta conceitos semelhantes ao Umbral, especialmente no contexto das crenças tibetanas e mahayana, quando é referido o Bardo. O Bardo é um estado intermediário descrito no «Bardo Thodol» (conhecido como o Livro Tibetano dos Mortos) e representa o período entre a morte e o próximo renascimento, onde a consciência do indivíduo passa por experiências que refletem o seu estado mental e ações passadas (carma).

  • Características:
    • Durante o Bardo, o indivíduo pode experimentar visões angustiantes ou agradáveis, dependendo das suas ações e do estado espiritual.
    • O sofrimento não é eterno; é uma transição temporária baseada na ignorância ou apego.
    • É também uma oportunidade para alcançar a iluminação, caso o espírito consiga desapegar-se do ego e reconhecer a verdadeira natureza da realidade.

Hinduísmo

No Hinduísmo, há conceitos que abordam estados de sofrimento temporário antes da reencarnação, nomeadamente o Naraka, que é descrito como um reino inferior ou um “inferno” temporário, onde as almas expiam os maus karmas acumulados nas suas vidas por um período proporcional às suas ações negativas e, depois, seguem para uma nova reencarnação.

  • Características:
    • Os textos hindus (como o Garuda Purana e Bhagavata Purana) descrevem vários Narakas, cada um relacionado a tipos específicos de pecado.
    • Após a purificação, a alma está pronta para um novo ciclo de renascimento (samsara).

Taoísmo

O Taoísmo tradicionalmente foca-se mais na harmonia com o Tao (a força universal) do que em conceitos pós-morte, no entanto, também há algumas ideias próximas como por exemplo o Di Yu, ou os Infernos Taoístas, que são reinos subterrâneos de julgamento e purificação onde as almas são julgadas por ações cometidas durante a vida e podem ser purificadas através de experiências nesses reinos.

  • Características:
    • Di Yu está dividido em vários níveis, onde as almas enfrentam desafios ou punições proporcionais às suas ações.
    • Após cumprirem as suas “sentenças”, as almas seguem para a reencarnação ou para planos superiores.

Brian Weiss

Brian Weiss, nas suas obras muito conhecidas sobre terapia de vidas passadas, menciona almas que, ao morrer, permanecem presas em estados de confusão ou sofrimento.

  • As almas ficam em planos intermediários por causa de traumas não resolvidos, culpas ou laços emocionais que as impedem de seguir adiante.
  • Ele descreve estes planos como transitórios, onde as almas recebem assistência de guias espirituais para avançar.

Paramahansa Yogananda

Yogananda, em «Autobiografia de um Iogue», menciona planos espirituais inferiores habitados por almas que não transcenderam desejos materiais e egoístas.

  • Esses planos, descritos na cosmologia hindu, são semelhantes ao Umbral: regiões temporárias onde as almas enfrentam as consequências dos seus carmas.
  • Ele também destaca que, com esforço espiritual ou ajuda divina, essas almas podem ascender a planos superiores.

Saint Germain e a Grande Fraternidade Branca

Nos ensinamentos da Grande Fraternidade Branca, especialmente por Saint Germain, menciona-se a existência de “planos astrais inferiores”. Essas regiões são descritas como criadas pelo acumular de pensamentos e emoções densas da humanidade.

  • Os Mestres Ascensionados destacam que essas dimensões podem ser transmutadas pela chama violeta e pela elevação da consciência.

Dolores Cannon

Dolores Cannon, através da hipnose regressiva e das suas obras, relata a existência de zonas de baixa vibração onde almas ficam presas devido ao apego a traumas, culpas ou padrões emocionais negativos.

  • Essas dimensões não são vistas como punições, mas como criações das próprias almas, refletindo as suas vibrações. Elas permanecem lá até que escolham elevar-se, geralmente com auxílio espiritual.

Deepak Chopra

Deepak Chopra, em livros como «Vida Após a Morte», descreve estados pós-morte que refletem o nível de consciência da alma.

  • Ele menciona que, após a morte, a alma pode entrar em realidades vibracionais mais densas se ainda estiver apegada ao ego ou à dualidade. Esses estados são transitórios e oferecem uma oportunidade de aprendizagem e crescimento.

Ramana Maharshi

Ramana Maharshi não descreveu diretamente estados espirituais como o Umbral, mas enfatizou que o sofrimento resulta da identificação com o ego e com o corpo.

  • Ele afirmou que a libertação só é possível ao transcender esses estados ilusórios. Esse ensinamento pode ser aplicado ao conceito de almas “presas” em dimensões densas, como acontece no Umbral, ou na Terra.

Osho

Osho enfatiza que o sofrimento humano é gerado pela mente e pelo apego às ilusões do ego. Ele descreve estados de consciência densos como prisões mentais.

  • Osho fala de uma “escuridão interior” criada por emoções como medo, culpa e raiva. Esses estados podem se manifestar como realidades densas após a morte, até que a consciência desperte para sua verdadeira liberdade.

Neale Donald Walsch

Na obra «Conversas com Deus», há menções a estados ou dimensões que correspondem às crenças e vibrações das almas após a morte. Não há um “inferno” ou punição, mas as almas podem experimentar sofrimento autoimposto até compreenderem a sua verdadeira natureza divina.

  • Este conceito ressoa com o Umbral, onde o sofrimento é uma consequência das escolhas internas e do estado de consciência.

Eckhart Tolle

Eckhart Tolle não aborda diretamente dimensões espirituais específicas, mas fala sobre o “corpo de dor”, que pode ser comparado ao estado psicológico que mantém as almas em sofrimento. Ele destaca que estados vibracionais baixos criam realidades de sofrimento, que só se dissipam com a presença plena e o despertar espiritual.

  • Embora não se refira ao Umbral em termos literais, o conceito de estados densos criados pela inconsciência está alinhado com a ideia.

Helen Schucman – Um Curso em Milagres

Um «Curso em Milagres» descreve o “inferno” como um estado mental ilusório criado pelo ego, no qual a alma acredita estar separada de Deus.

  • Embora não fale de dimensões astrais específicas, a ideia de sofrimento autoimposto pela mente equivale ao conceito de Umbral como um estado criado pela própria consciência.

Eva Pierrakos – Pathwork

O Pathwork, canalizado por Eva Pierrakos, descreve níveis de consciência e vibração que correspondem a estados de sofrimento ou iluminação.

  • Os “blocos energéticos” e “máscaras do ego” produzidos pelo Ser Humano, criam realidades de dor que devem ser integradas e curadas. Este processo de purificação ressoa com a ideia do Umbral ser uma oportunidade de aprendizagem e auto-superação.

Xamanismo

No Xamanismo também se encontram descrições de dimensões espirituais que têm paralelos interessantes com Umbral:

  • Regiões Inferiores do Mundo Espiritual:
    • Muitos sistemas xamânicos falam de viagens ao submundo, onde o xamã encontra espíritos em sofrimento ou em desequilíbrio.
    • Essas regiões são densas e simbolicamente situadas “abaixo” da Terra, associadas à purificação ou confronto com sombras internas, conceitos que lembram o Umbral.
  • Conexão com a Sombra Pessoal:
    • O Umbral pode ser visto como um reflexo das “zonas sombrias” dentro do indivíduo, algo que o xamã explora para curar traumas ou libertar amarras espirituais.
    • O trabalho do xamã inclui resgatar almas ou espíritos presos em zonas de dor, algo semelhante aos resgates descritos na literatura espírita sobre o Umbral.

Mestres Ascensionados dos 7 Raios

Os ensinamentos dos Mestres Ascensionados mencionam que existem planos densos no astral onde as almas ficam presas devido à falta de alinhamento com as virtudes divinas (representadas pelos raios).

  • A transmutação dessas energias densas é possível por meio da prática espiritual e do auxílio de seres iluminados.

Ra – A Lei do Uno

A entidade Ra, canalizada no material «A Lei do Uno», aborda e aprofunda os planos de existência em diferentes densidades. O conceito de terceira densidade negativa pode ser comparado ao Umbral.

  • Terceira densidade negativa:
    • É um plano onde as consciências ficam presas devido à polarização negativa, que resultam do medo, egoísmo ou falta de amor.
    • Ra também menciona que as almas que não se alinham suficientemente com a polaridade positiva (amor e serviço) podem enfrentar dificuldades na transição para a quarta densidade.

Bashar

Bashar, uma consciência canalizada por Darryl Anka, enfatiza que as realidades espirituais são reflexo direto da frequência vibracional. Dimensões de sofrimento ou densidade não são nomeadas como “Umbral”, mas reconhecidas como estados vibracionais criados pela consciência em desalinhamento com sua essência divina.

  • Segundo Bashar, a transição para planos mais elevados ocorre quando a alma se liberta do medo, da culpa e da resistência, o que lembra o processo de “despertar” dos espíritos no Umbral.

Kryon

Kryon, uma entidade canalizada por Lee Carroll, apresenta uma visão mais vibracional sobre o pós-morte e a relação do espírito com zonas de densidade:

  • A Vibração Atrai Experiências:
    Kryon explica que não existem “locais” fixos de punição, mas estados vibracionais que criam realidades correspondentes.
    • Espíritos de baixa vibração podem entrar em “bolhas energéticas” criadas por sua própria consciência.
    • Kryon enfatiza que o sofrimento é sempre transitório e ligado à aprendizagem e menciona uma espécie de “zona intermediária” no plano espiritual, onde as almas processam emoções ou desarmonias antes de seguir para níveis mais elevados.

Carlos Castaneda / Don Juan

Carlos Castaneda, nos relatos baseados nos ensinamentos de Don Juan, fala sobre “mundos intermediários” ou “regiões de perceção” criadas pela energia e pelo foco do praticante.

  • Castaneda menciona que, ao morrer, aqueles que não transcenderam o ego podem ficar presos em dimensões densas devido ao apego à materialidade e ao medo:

Movimento Teosófico

O Movimento Teosófico explora várias dimensões espirituais e estados de consciência que se relacionam com o conceito de Umbral.

  • Plano Astral e as Subdivisões:
    A Teosofia descreve o Plano Astral como uma dimensão pós-morte onde as almas enfrentam experiências relacionadas com o seu estado mental e emocional.
    • Zonas densas: Associadas a espíritos presos a desejos materiais ou a padrões emocionais como ódio e medo, semelhantes às zonas mais densas do Umbral.
    • Zonas mais leves: À medida que a alma se purifica, ela ascende a níveis superiores do Plano Astral, aproximando-se de dimensões mais subtis.
  • Devachan e Kama Loka:
    • Kama Loka: Uma dimensão de purgação das paixões e emoções terrenas, parecida com as regiões umbralinas.
    • Devachan: Um estado superior de descanso e aprendizado antes da reencarnação, que simboliza a ascensão vibracional.

Blavatsky menciona que o espírito atrai-se automaticamente para a região vibracional correspondente à sua consciência após a morte, reforçando o conceito de afinidade vibracional.

A resposta é: não!

O Umbral e as Trevas são frequentemente confundidos como se fossem a mesma realidade, e apesar de existirem Trevas no Umbral, ou “zonas trevosas” onde a escuridão, a maldade e a densidade são enormes, o Umbral – no seu todo – não deve ser visto como sendo as Trevas.

Um pouco à semelhança do que acontece na vida física do planeta Terra, onde há zonas de guerra, total destruição e puro horror, mas ao mesmo tempo existem zonas desafiantes mas relativamente organizadas e pacíficas, o Umbral é uma dimensão que contempla e inclui as Trevas, também chamadas de Inferno, que são zonas terríveis e de total incapacidade para sentir amor, mas onde também existem áreas menos densas, e por isso um pouco mais “elevadas”, onde os espíritos que por lá vagueiam estão confusos ou presos por questões emocionais menores, e que estão num processo de redenção menos penoso e menos sofrido.

Também há diversas referências que indicam uma relação entre as zonas mais ou menos densas do Umbral, com o seu posicionamento em relação à crosta terrestre. As Trevas ficam localizadas abaixo da crosta terrestre, enquanto outras zonas do Umbral ficam situadas ao nível da crosta terrestre ou pouco acima disso.

Apesar de o Umbral ser uma realidade espiritual plasmada, sem local físico pré-determinado, a relação dos diferentes níveis do Umbral com a localização em relação à crosta terrestre do planeta faz sentido, se considerarmos o planeta Terra uma entidade multidimensional, tal como o é o Ser Humano/Alma “presa” ao planeta e ao processo da Roda Cármica.

Assim, a gravidade e outras forças planetárias e cósmicas, também desempenham um papel no mundo espiritual mais denso e têm influência direta na vida dos espíritos desencarnados e no “local” por onde estes se passeiam na vida após a morte.

Diferenças fundamentais

Veja no quadro abaixo as principais diferenças entre estes dois conceitos: Umbral vs. Trevas.

UmbralTrevas
PropósitoTransição e aprendizagem.Estagnação e alinhamento com o mal.
VibraçãoVariedade de densidade.Extrema densidade.
AuxílioPresença de trabalhadores espirituais.Ausência ou rejeição de ajuda.
HabitantesEspíritos em sofrimento, mas ainda com possibilidade de mudança.Espíritos que se alinham com o mal e rejeitam a evolução.

Livros

Apesar de este artigo ser bastante completo e aprofundar o essencial do Umbral, fica a sugestão de que leias as seguintes obras, para saberes mais sobre este assunto:

  • Umbral: Projeções mentais, testemunhos e resgate espiritual (autoria de Abel Glaser e Adriana Glaser, pelo espírito de Cairbar Schutel)
  • Memórias de um Suicida (autoria de Yvonne A. Pereira, pelo espírito de Camilo Cândido Botelho)
  • Nosso Lar (autoria de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de André Luiz)
  • Cinco Dias no Umbral (autoria de Osmar Barbosa, pelo espírito de Nina Brestonini)

Vídeos

Também sugerimos que assistas a vídeos de alguns professores e projetores astrais que relatam a vida no Umbral:

Umbral Existe? – Wagner Borges
O que é Umbral? – Wagner Borges
O que acontece no Umbral? – Saulo Calderon
Que tipo de pessoa vai para o Umbral – Laércio Fonseca
O que fazer para sair do Umbral? – Laércio Fonseca
Como é a vida no Umbral, Parte 1 – Saulo Calderon
Como é a vida no Umbral, Parte 2 – Saulo Calderon
Como é a vida no Umbral, Parte 3 – Saulo Calderon
Os mistérios do Umbral – Laércio Fonseca
O que é Umbral – Márcia Fernandes
O Mistério do Umbral | Nosso Lar segundo o Hermetismo #11 – Juliano Pozati
Por que uma pessoa vai para o Umbral? – Saulo Calderon
Curso de Viagem Astral: Dimensões – Saulo Calderon

Artigo escrito por Hugo Neves em janeiro de 2025.

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