11 de Maio de 2024, 14h30 – 19h00
Como tutores de animais de estimação há vários anos, e sendo a causa animal a principal causa que o projeto Nova Terra decidiu apoiar, não podíamos deixar de aprofundar um tema tão importante como a espiritualidade dos nossos patudinhos, com enfoque especial nos cães e gatos, mas também com uma abordagem às outras espécies do mundo animal e como elas são orientadas espiritualmente.
Nesta formação, explorámos a vida espiritual dos animais, a profunda relação com os seres humanos e as diversas interações que são desenvolvidas e que promovem a identidade, a energia e o bem-estar mútuo de ambas as espécies, devido a essa ligação emocional e espiritual.
Temas tão importantes como o sofrimento, desencarne, luto, eutanásia, amparo, métodos de auxílio da cura e terapia dos animais, ou o parapsiquismo e a evolução espiritual dos animais e a reencarnação foram também analisados, a partir da recolha de informações e relatos diversos de espiritualistas parapsíquicos que ajudam a dar uma maior compreensão, discernimento e consolo aos nossos corações.
Além dos participantes humanos, esta formação contou com a charmosa participação do buldogue francês “Churchill”, que veio partilhar a sua doçura connosco. 🙂
( ͡° ᴥ ͡°)
Veja em baixo o nosso registo fotográfico e leia um pequeno trecho retirado do livro «Todos os animais merecem o céu» de Marcel Benedeti.
Trecho de: “Todos os Animais Merecem o Céu”
Autoria: Marcel Benedeti
Guilherme adormeceu e mal fechou os olhos sentiu-se leve, como se flutuasse. Estava sonhando. Subitamente se vê-se em uma grande fazenda, muito arborizada, onde soprava uma brisa refrescante sobre sua face, fazendo movimentar sua cabeleira.
Olhando para cima, depara-se com um céu muito azul e límpido e admira-o, pois não se conhece um céu assim tão limpo e com atmosfera tão perfumada em lugar antes visitado pelo jovem doutor dos animais.
Na entrada, havia uma grande porteira, com uma inscrição acima, no ponto mais alto: “Rancho Alegre”.
— “Rancho Alegre!” Que lugar mais bonito! Parece um sonho! — exclamou o médico. Não me lembro de ter estado aqui antes, mas sinto-me estranhamente familiarizado… Parece que já conheço este lugar, mas não me lembro. Gostaria de conhecer este lugar. Será que alguém virá me receber?
Mal acabou de pensar nisso, notou, ao longe, uma figura conhecida, que se aproximava. Estava mais jovem e mais disposto. Estava muito mais forte e corado do que quando o viu pela última vez. Mas, sem dúvida, era ele. A semelhança era muito grande para não ser. Era Gustavo, o pai do senhor Mataveira.
— Senhor Gustavo! — exclamou Guilherme, estranhando a presença deste que conhecia desde criança.
— Sim, Guilherme! Prazer em revê-lo bem e forte — disse o senhor, que o doutor reconheceu como sendo seu velho amigo.
— Mas, o senhor não morreu? O senhor morreu ou estou sonhando? — perguntou, admirado, à aparição.
— Morrer? Ninguém morre, Guilherme. A morte é apenas uma ilusão. E um período temporário entre dois estados evolutivos em que apenas nos desenvencilhamos do envoltório que nos ser viu enquanto vivíamos no mundo físico e deixa de ser útil quando acertamos nosso retorno ao nosso verdadeiro mundo, o espiritual. Aquele revestimento físico, que foi somente um instrumento, é deixado para trás e devolvido à natureza quando novamente nos reunirmos aqui nesta outra dimensão. — explicou Gustavo, com voz paternal.
— Então eu morri também? — perguntou, assustado com a possibilidade de ter desencarnado — devo ter cochilado enquanto estava tomando meu café da manhã e me afoguei no leite, ou bati com a cabeça na mesa, e nem notei que não estou mais vivo.
— Nada disso, Guilherme. Todas as vezes que dormimos, nosso corpo espiritual, juntamente com a nossa consciência, se torna livre do corpo físico pelo período que durar o sono. Estando libertos, agimos como se estivéssemos desencarnados sem estar. Podemos voltar ao corpo físico a qualquer momento. Com isso, iremos aonde quisermos, com a velocidade do pensamento, pois nos movemos através do pensamento quando estamos livres do denso corpo físico. Você ainda está ligado ao seu corpo físico através destes fios brilhantes, quase invisíveis, que saem do seu peito e da sua cabeça.
— O senhor é o dono desta fazenda aqui também?
— Não, não. Sou apenas um dos trabalhadores. Esta fazenda é, na realidade, uma colônia espiritual, isto é, uma comunidade que cuida dos animais, auxiliando-os principalmente no seu aprendizado evolutivo. Há vários colaboradores de diversas áreas de especialização e várias equipes especializadas em assuntos relativos aos animais. Há os colaboradores das equipes de resgate, de cirurgiões, os responsáveis por animais selvagens, que incluem os animais marinhos e diversos outros. Aqui em nossa fazenda trabalham muitos que foram, quando encarnados, veterinários, que nos auxiliam, mas há muitos outros que se encontram ainda encarnados também. Dentre os diversos especialistas, há aqueles que exercem as mesmas especialidades que exercem na Terra, trabalhando aqui, em funções semelhantes. Há aqueles que não são especialistas, mas são grandes colaboradores e trabalhadores valorosos naquilo que fazem e que por isso merecem tanto respeito quanto os Outros.
— Então, há muitos trabalhadores aqui que ainda vivem na Terra, assim como eu? Como podem trabalhar no mundo espiritual estando encarnados?
— Sim, há vários colaboradores encarnados, e quando dormem, assim como você está fazendo agora, se transportam mentalmente até aqui para exercer o que sabem e o que podem fazer para auxiliar os nossos irmãos animais em sua escala evolutiva. Ficam pelo tempo que acharem necessário ou que tiverem disponível, mas o melhor de tudo isso é o fato de que, quando estão auxiliando, ajudam a si próprios também a se elevar espiritualmente. Trabalhar na espiritualidade é um aprendizado constante.
Pois já dizia São Francisco de Assis: “É dando que se recebe”.